quarta-feira, 16 de setembro de 2009

dia 15



Partida do aeroporto Francisco Sá Carneiro rumo a Londres (aeroporto de Stansted). Minutos antes, o reboliço total em casa com as malas, pesos, cargas e horários de embarque. O nervosismo por saber o verdadeiro peso das malas, era algo que estava a começar a ser incontrolável. Já para não faltar de outros tantos factores que contribuiam, de uma forma já natural, visto o momento que se aproximava: a despedida. Malas pesadas…e o resultado: peso a mais! Toca então a retirar algumas coisas mais prescindíveis mala fora até atingir o peso máximo… Feito! Fechou-se a mala e a pensar:”Pronto, já está!” (Oh inocência…!) Volta a mala para a balança e ainda não tinha cumprido o regime, continuava gorda e com poucos sinais de regime! Depois de mais uma cena com o peso da mala, a simpatia do funcionário, presente desde o primeiro momento de conversa, resolveu o problema dizendo: “Olhe, deixe ir assim! Fica à minha responsabilidade! Deixe ir, deixe ir!” Atitude de louvar… ninguém percebeu, mas ficamos todos inteiramente gratos! (Principalmente eu, não é…)

Malas no porão e dirigimo-nos para as portas de embarque, já estava quase na hora… a pressão já era incontornável, e já todos tinham notado isso em mim! Tempo dos últimos abraços, últimos conselhos, últimas piadas, presentes (J) … etc. Nesta altura parece que não estamos nada importados com a situação e até parecemos confortáveis com tudo! (Há que dar força a quem fica…) Tudo flui, só no momento em que entramos na zona de embarques e tudo desaparece… e à nossa frente, do lado de fora, está um avião à nossa espera para nos levar para um sítio bem longe do que estamos habituados a estar… é que caímos na realidade e surge um silêncio que fica em nós, porque nada há para dizer, apenas para pensar. Pensar em tudo… Tudo o que ficou para trás, e em tudo o que virá daqui para a frente…

Últimas mensagens de despedida para algumas pessoas, e já era tempo de desligar o telemóvel, o avião ia descolar e ia deixar solo português rumo a solo de Sua Majestade! As luzes começaram a ver-se lá em baixo como pirilampos em sintonia monocromática… já estávamos a não sei quantos pés de altitude. A viagem correu sem problemas, sem grandes turbulências e ao nosso lado seguia um autêntico, exímio Inglês! Muito, mas muito British que meia volta metia conversa connosco! Acabou por adormecer de boca aberta minutos depois da descolagem… o que foi bom!

Sem comentários:

Enviar um comentário